segunda-feira, 23 de julho de 2007

Pós- Modernismo

Terceira fase do Modernismo ou Pós-Modernismo?

Muitos historiadores preferem reservar o nome de Modernismo para as duas prinmeiras fases do movimento (1922-45), designando como Pós-Modernismo o período de 45 até os nossos dias. E uma outra vertente prefere reservar o nome de tendências contemporâneas para o período de 60/70 até a atualidade. As duas designações são aceitas e correntes na história.
É difícil esquematizar a variedade de tendências da arte nesse período, porque além de os fatos serem muito recentes, ocorre uma grande mistura de estilos que convivem pacificamente. Muitas características da arte de períodos anteriores persistem, mas algumas novidades importantes autorizam falar agora em Pós-Modernismo. O termo denomina as mudanças que ocorreram a partir dos anos 50/60 na cultura das sociedades pós-industriais: tecnologia avançada, informática, consumo são palavras-chave para a compreensão do período.

Pós-Modernidade e Globalização

O processo de construção cultural em nível global construido desde a década de 1980 abrange não somente a cultura de massa, mas também cria um sitema de cultura que acompanha o sistema político e econômico resultante da Globalização.
A Pós-Modernidade, que é o aspecto cultural da sociedade pós-industrial, inscreve-se neste contexto como conjunto de valores que norteiam a produção cultural subseqüente. Entre estes, a multiplicidade, a fragmentação, a desreferencialização e a desordem - que, com a aceitação de todos os estilos e estéticas, pretende a inclusão de todas as culturas como mercados consumidores. No modelo pós-industrial de produção, que privilegia serviços e informação sobre a produção material, a Comunicação e a Indústria Cultural ganham papéis fundamentais na difusão de valores e idéias do novo sistema.

Imagem e Realidade

Os meios audiovisuais, utilizando-se da sua capacidade de atingir mais sentidos humanos (visão e audição, responsáveis por mais de ¾ das informações que chegam ao cérebro), têm um potencial mais rico e imediato para transmitir sua mensagem e sua visão de realidade. A literatura, a música e a poesia dependem de um grau mais alto de abstração e interação lógica com o intelecto. Não obstante, outras artes “mais antigas” já tiveram seus momentos de mescla entre ficção e realidade, como as pinturas rupestres das cavernas (que “eram” os próprios animais pintados, e não representações deles) ou a escultura das primeiras civilizações (que buscavam a própria forma do real). Hoje, entretanto, estão na esfera da arte, ou ficção. Pode ser que, num futuro incerto, o homem ria do vídeo, perguntando-se como pôde um dia acreditar numa imagem formada por circuitos eletrônicos. Mas, até lá, continuará em dúvida sobre sua validação ou não como parte da realidade.

A nova geração: arte pós-moderna

A arte nos anos noventa é tão diversificada quanto o mundo pós-Guerra Fria. Seguindo o ritmo das nações, que mudam de cor com a rapidez de camaleões, também a arte encontra-se num estado de fluxo. Ainda assim, há certas atitudes recorrentes, que mantêm uma frequência significativa. Por exemplo: a arte dos anos noventa nada é se não for política. Instalações carregadas de texto exortam o espectador a refletir sobre temas como a epidemia de AIDS, os problemas ambientais, os sem-teto, racismo, sexo e violência. Os materiais e os formatos são tão variados quanto os temas e admitem formas alternativas, como a arte perfomática, gêneros híbridos, como a arte derivada da fotografia, e continua se multiplicando. Os pós-modernistas podem afirmar que a rejeição modernista da realidade está obsoleta, mas o processo de reinvenção da arte continua inabalável.


Kruger - You are not Yourself


"Cindy", Longo, 1984, Whitney, NY, Longo se apóia nas imagens conemáticas e comerciais para transmitir um clima de ameaças da vida urbana

Referências:

Um comentário:

Graci disse...

Transcrevo abaixo uma parte do texto apresentado que resume A Pós-Modernidade:

"é o aspecto cultural da sociedade pós-industrial, inscreve-se neste contexto como conjunto de valores que norteiam a produção cultural subseqüente: entre estes, a multiplicidade, a fragmentação, a desreferencialização e a entropia(grandeza termodinâmica geralmente associada ao grau de desordem) - que, com a aceitação de todos os estilos e estéticas, pretende a inclusão de todas as culturas como mercados consumidores."

Enfim, é uma época em que tudo é relativo, e os valores são revistos e adaptados conforme a situação. No entanto, isso não gera uma base segura para criancas e adolescentes, fazendo com que se percam os referenciais e com isso a idéia do "certo" e "errado".

Há assim uma busca por respostas, enqto se está imerso num mundo desfragmentado e cheio de perguntas, que geram ansiedade e depressão em muitos seres humanos.

E à medida em que se analisa os aspectos com certa distância crítica, percebe-se que muitos fenomenos sao repeticao de outras fases da historia - mesmo que a velocidade e complexidade sejam maiores.

Portanto, aos poucos sente-se a necessidade de se criar referenciais seguros que permitam o resgate de valores básicos de ética, familia e amizade.