terça-feira, 31 de julho de 2007

WEB 2.0 MOBILE

Com a nova onda da WEB 2.0, as operados de telefonia móvel estão cada vez mais investindo em estimular o usuário a produzir e compartilhar conteúdo em seus serviços.

De início, a CLARO lançou o projeto "Claro Vídeo Maker". Este serviço serve apenas para vídeos, onde o usuário cria um vídeo próprio, envia pelo celular por meio de MMS para o número 123 ou através do hotsite Vídeo Maker, no Claro Idéias www.claroideias.com.br. Os conteúdos ficam disponíveis para download no Portal Claro Idéias em até 48 horas, distribuídos por categorias.
Quanto mais downloads (cada um sai por R$ 1,10 e ele ganha 10%), mais créditos em dinheiro ele vai acumular.

Tempo depois, a TIM lançou o "TIM Studio", serviço onde o cliente da operadora se cadastra no site e pode fazer quantos uploads desejar de três tipos de conteúdos: sons, wallpapers e vídeos. A partir disso, o usuário pode comprar o conteúdo para o seu celular custando apenas 0,99, sendo o download de vídeo gratuíto. O usuário que tiver o conteúdo baixado ganha 0.15 centavos em créditos, podendo gastar da forma que quiser.

A OI com o serviço "OI TV", a TIM com "TIM TV ACCESS" e a Claro com "Idéias TV" disputam espaço no mercado de TV no celular.

No primeiro, o usuário poderá assistir alguns poucos canais por meio de seu celular em qualquer lugar. Existem negociações de disponibilizar canais de TV aberta como a rede Globo.

No segundo, o portador do celular TIM pode assistir canais de TV restritos em seu celular, sendo restrito o funcionamento a alguns aparelhos: NOKIA 3650; NOKIA 6600; NOKIA NGAGE e MOTOROLA MPX220. O uso do serviço custa em média 1 real o minuto de uso.

No terceiro, são oferecidas dez opções de conteúdo, via streaming. Neste primeiro momento, a operadora oferecerá programas das produtoras A&E®, Bloomberg Television, Cartoon Network, CNN International, Discovery Móvel, ESPN Móvel, Fashion TV, The History Channel, Maxx Esportes e Nickelodeon. A maioria em português, com exceção apenas da CNN International, Fashion TV, Maxx Esportes. Os clientes poderão adquirir o Idéias TV em forma de assinatura. Os pacotes são: diário, semanal ou mensal, pelos preços de R$ 3,30; R$ 10 e R$ 30, respectivamente. Para os que optarem pelo plano mensal, a renovação da assinatura será automática.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Pós- Modernismo

Terceira fase do Modernismo ou Pós-Modernismo?

Muitos historiadores preferem reservar o nome de Modernismo para as duas prinmeiras fases do movimento (1922-45), designando como Pós-Modernismo o período de 45 até os nossos dias. E uma outra vertente prefere reservar o nome de tendências contemporâneas para o período de 60/70 até a atualidade. As duas designações são aceitas e correntes na história.
É difícil esquematizar a variedade de tendências da arte nesse período, porque além de os fatos serem muito recentes, ocorre uma grande mistura de estilos que convivem pacificamente. Muitas características da arte de períodos anteriores persistem, mas algumas novidades importantes autorizam falar agora em Pós-Modernismo. O termo denomina as mudanças que ocorreram a partir dos anos 50/60 na cultura das sociedades pós-industriais: tecnologia avançada, informática, consumo são palavras-chave para a compreensão do período.

Pós-Modernidade e Globalização

O processo de construção cultural em nível global construido desde a década de 1980 abrange não somente a cultura de massa, mas também cria um sitema de cultura que acompanha o sistema político e econômico resultante da Globalização.
A Pós-Modernidade, que é o aspecto cultural da sociedade pós-industrial, inscreve-se neste contexto como conjunto de valores que norteiam a produção cultural subseqüente. Entre estes, a multiplicidade, a fragmentação, a desreferencialização e a desordem - que, com a aceitação de todos os estilos e estéticas, pretende a inclusão de todas as culturas como mercados consumidores. No modelo pós-industrial de produção, que privilegia serviços e informação sobre a produção material, a Comunicação e a Indústria Cultural ganham papéis fundamentais na difusão de valores e idéias do novo sistema.

Imagem e Realidade

Os meios audiovisuais, utilizando-se da sua capacidade de atingir mais sentidos humanos (visão e audição, responsáveis por mais de ¾ das informações que chegam ao cérebro), têm um potencial mais rico e imediato para transmitir sua mensagem e sua visão de realidade. A literatura, a música e a poesia dependem de um grau mais alto de abstração e interação lógica com o intelecto. Não obstante, outras artes “mais antigas” já tiveram seus momentos de mescla entre ficção e realidade, como as pinturas rupestres das cavernas (que “eram” os próprios animais pintados, e não representações deles) ou a escultura das primeiras civilizações (que buscavam a própria forma do real). Hoje, entretanto, estão na esfera da arte, ou ficção. Pode ser que, num futuro incerto, o homem ria do vídeo, perguntando-se como pôde um dia acreditar numa imagem formada por circuitos eletrônicos. Mas, até lá, continuará em dúvida sobre sua validação ou não como parte da realidade.

A nova geração: arte pós-moderna

A arte nos anos noventa é tão diversificada quanto o mundo pós-Guerra Fria. Seguindo o ritmo das nações, que mudam de cor com a rapidez de camaleões, também a arte encontra-se num estado de fluxo. Ainda assim, há certas atitudes recorrentes, que mantêm uma frequência significativa. Por exemplo: a arte dos anos noventa nada é se não for política. Instalações carregadas de texto exortam o espectador a refletir sobre temas como a epidemia de AIDS, os problemas ambientais, os sem-teto, racismo, sexo e violência. Os materiais e os formatos são tão variados quanto os temas e admitem formas alternativas, como a arte perfomática, gêneros híbridos, como a arte derivada da fotografia, e continua se multiplicando. Os pós-modernistas podem afirmar que a rejeição modernista da realidade está obsoleta, mas o processo de reinvenção da arte continua inabalável.


Kruger - You are not Yourself


"Cindy", Longo, 1984, Whitney, NY, Longo se apóia nas imagens conemáticas e comerciais para transmitir um clima de ameaças da vida urbana

Referências:

segunda-feira, 16 de julho de 2007

O fim do papel

O papel foi descoberto na China por volta do ano 100 a.C e junto com a escrita teve uma enorme importância na história da humanidade. A escrita permitiu que os acontecimentos fossem registrados e as informações conseguiram ser armazenadas por mais tempo sem sofrerem mudanças ou serem esquecidas. Com o passar do tempo, a invenção de novas tecnologias e o surgimento de novas necessidades o uso do papel se tornou cada vez mais freqüente e intenso, tanto que é complicado pensar nossa vida sem a presença do papel hoje em dia.

E se a necessidade é grande e o uso é freqüente, conseqüentemente, a quantidade de matéria-prima utilizada se torna maior também contribuindo assim para o desmatamento. Para se ter uma idéia, a taxa anual de desmatamento da Amazônia Legal para o período de agosto/2001 a agosto/2002 - chegou a 25.500 km2 , o que equivale a 5,1 milhões de campos de futebol, um aumento de 40% em relação ao ano anterior. O papel está cada vez mais caro e esse custo é repassado ao consumidor, fato esse que inibe o interesse por livros e jornais impressos. Diante dos fatos, é válido buscar alternativas que reduzam não apenas o seu uso como também o seu custo.

A tecnologia vem contribuindo paulatinamente para isso fornecendo recursos através da popularização da informática e da inserção da Internet no cotidiano das pessoas. Antes era impossível atualizar cópias sem rasuras, enquanto hoje, com edições eletrônicas e online as atualizações são constantes e imediatas. O jornal que chega na banca traz matérias já superadas por sua própria versão virtual. A ajuda parte também dos chamados “softwares ecológicos” que permitem que documentos circulem eliminando sucessivas cópias em papel.

Atualmente em fase final de implantação, o Projeto Doc-STN, encomendado há dois anos ao Serpro para gestão eletrônica da Secretaria do Tesouro Nacional, vai tornar disponíveis digitalmente 5 milhões de documentos e tem uma meta: tornar o órgão que cuida das dívidas interna e externa brasileiras uma entidade paperless, ou seja, sem papel.

No processo de implantação do sistema Doc-STN, toda a estrutura de funcionamento está sendo modificada para se adequar aos novos parâmetros de guarda e gerenciamento de documentos. Antes, a Secretaria mantinha enormes quantidades de papéis em arquivos e depósitos. Não havia uma tabela de temporalidade, o que fazia com que, por segurança, muitos documentos fossem arquivados ad eternum.

O sistema é feito em framework, com ferramenta On-Base e uma camada de aplicação VB (Visual Basic). Funciona na web, mas pode ser acessado por meio de software livre. O servidor também pode ser colocado para rodar em Linux. Embutidas na plataforma de base de dados, estão todas as normas relativas a acervo documental; caso as normas sejam modificadas, pode-se mudar a base sem ser necessário alterar o padrão. Isso facilita possíveis implementações futuras e a adaptação a qualquer órgão do governo federal.

Aluísio Marques Júnior resume as vantagens do Doc-STN: "É altamente aplicável e aderente; elimina o uso de papel; facilita o fluxo de documentos dentro da organização e é baseado em normas que dispensam conhecimento prévio". Com o novo sistema, a STN pode iniciar um processo de eliminação de papéis antigos. Para ingresso e validação dos documentos, são exigidos certificação digital e assinatura digital.

Para os mais tradicionalistas foi criada a tela digital, 2,5 mais fina que uma folha padrão de papel, com apenas 0,25 milímetros de espessura. O protótipo da Canon tem o toner espremido entre duas lâminas de filme plástico. O que significa que a tela é menos frágil que os Liquid Cristal Displays (LCDs), feitos com cristal líquido entre duas lâminas de vidro. A tecnologia faz com que a imagem permaneça no display mesmo quando a tela for desligada. Ou seja, o monitor só precisa ficar ligado enquanto as imagens são desenhadas.

O objetivo do projeto da Canon é unir portabilidade com praticidade pois a dificuldade de leitura nos meios eletrônicos é real devido à luminosidade. Acompanhando o desenvolvimento, as empresas de tecnologia estão dispostas a criar produtos confortáveis não só para vista como para postura. A tela flexível, ou display dobrável, é alvo de pesquisas de outras companhias como a E-Ink Corporation e a Lucent Technologies.